Patrimônio histórico

Monumento Leão do Norte


Idealizado pelo dr. Chateaubriand de Mello, foi construído com a finalidade de homenagear os heróis da história pernambucana.

Tudo começou em 1906. Naquele ano, o presidente eleito Affonso Penna estava excursionando pelo Nordeste com o objetivo de ver de perto a realidade da região. 

Na manhã do dia 07 de junho, Affonso Penna e toda a sua comitiva chegaram ao então povoado de Floresta dos Leões, onde foram recepcionados com muito entusiasmo pelos habitantes da localidade, os quais aguardavam o comboio presidencial na estação ferroviária. 

Naquela ocasião, além das homenagens e saudações prestadas ao presidente eleito, o dr. Chateaubriand pediu ao mesmo para que ele abrisse uma subscrição popular com a finalidade de erigir naquela localidade um monumento em honra aos heróis da história pernambucana. 

O presidente eleito aceitou encabeçar com sua assinatura a subscrição solicitada, doando para tal propósito a quantia de 100$000 (cem mil réis). 

A partir daí, muitos colaboraram para a construção deste monumento, o qual foi inaugurado na manhã do dia 07 de setembro de 1909, em meio a fogos, discursos e contando com a presença da população e do então governador do Estado, Herculano Bandeira.



Mercado público


A instalação do mercado foi uma iniciativa da administração do município do Paudalho. Como se sabe, Carpina, então vila de Floresta dos Leões, fazia parte de dois municípios: Nazaré e Paudalho. O marco divisório era a antiga Estrada de Rodagem de Limoeiro (atuais avenidas Cons. João Alfredo, Estácio Coimbra e Chateaubriand). Ao Sul da estrada correspondia ao território de Paudalho; ao Norte, ao de Nazaré.

A obra teve início na gestão do prefeito Pedro Coutinho (1913-1916) e foi concluída em 1917, na administração do então prefeito João Cavalcanti de Petribú. 

Em 1928, Carpina conquistava sua autonomia política e os seus dois primeiros prefeitos trataram de realizar melhoramentos no Mercado Público. Ernesto Pompilio (1928-1930) fez a instalação sanitária e o serviço de esgoto. Já o dr. Joaquim Carneiro da Cunha (1930-1933) fez a substituição das antigas tarimbas dos açougues por 42 placas de mármore artificial.

Na década de 1970, o mercado passou por uma ampliação.

Entre 2007/2008, período em que completou 90 anos, o imóvel passou por uma reforma, compreendendo serviços de recuperação do piso, revestimentos, esquadrias e cobertura do espaço, bem como pintura e reforma dos boxes de carne e dos banheiros.

Há de tudo um pouco no Mercado Público do Carpina. São mais de 150 boxes com uma grande variedade de produtos: cereais, carnes, peixes, artigos religiosos, artesanatos, etc. Há também quem trabalhe com conserto de relógios, com fabricação ou reparo de joias, com utensílios para bicicleta e muito mais. Sem falar nos bares e lanchonetes.

Muitas foram as pessoas que tiraram e que tiram atualmente seu sustento comerciando no Mercado Público. Muitas são as histórias e os vendedores que marcaram essa trajetória centenária.

Em abril de 2017, foi aprovado na Câmara Municipal um projeto de lei que instituiu o tombamento do Mercado Público do Carpina como patrimônio histórico e cultural.



Estação ferroviária


Inaugurada em 20 de fevereiro de 1882, o prédio da estação ferroviária é um dos imóveis mais antigos de nossa cidade. Construída pela “The Great Western of Brazil Railway Company Limited”, a estação de Carpina era o ponto de bifurcação entre as linhas que seguiam para Limoeiro (prolongada depois até Bom Jardim) e para Nazaré da Mata (estendida posteriormente até a Paraíba).

A estação ferroviária do Carpina era uma das mais importantes da Linha Recife a Limoeiro. Contava com um amplo pátio composto por três desvios, caixa d’água, duas plataformas para embarque de passageiros, girador de locomotivas (cujo projeto de construção foi aprovado em 1938), armazéns, além do prédio principal.

De tudo isso, só restou a velha estação ferroviária, já descaracterizada, além das duas plataformas de embarque e da antiga caixa d’água. Todo o entorno encontra-se malconservado. Os armazéns foram demolidos e o girador de locomotivas encontra-se hoje enterrado.



Palacete Santa Cruz


Este imóvel, sede da antiga Fazenda Santa Cruz, foi construído no início do século XX por João Cavalcanti Petribu, onde fixou residência com sua esposa e seus filhos mais novos.

Em 15 de novembro de 1928, dia da posse do primeiro prefeito de Carpina (então Floresta dos Leões), o palacete também figurou na programação festiva, onde a família Petribu recepcionou toda a comitiva do evento, incluindo representantes do governo do Estado, para um almoço no imóvel.

No final dos anos 1940, o prédio foi doado à Congregação das Irmãs Doroteias, a qual fundou em 1953 o Colégio Santa Cruz, instituição de ensino secundário para o sexo feminino, proporcionando o curso Normal-Rural, por meio do qual dava condições às jovens da cidade o acesso ao magistério primário, que antes era restrito àquelas cujos pais tinham condições de mantê-las em internatos de outras cidades.

Atualmente, o imóvel abriga a Falub - Faculdade Luso-Brasileira.





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